Segunda-feira, dia 9, teve lugar,
no auditório do Palácio dos Generais-Capitães,
a sessão oficial da Abertura, que foi presidida pelo
Coordenador destes cursos, Miguel Noronha e do Vice-Presidente
do Governo Autónomo dos Açores, Dr. Sérgio
Ávila, um natural da Ilha Terceira e ex-Presidente
da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo cargo
que abandonou para abraçar as funções
que presentemente desempenha no Governo daquela Região
Autónoma. Dali partiram para o almoço que foi
servido no restaurante “Noz do Samba” sito na
Rua do Galo. Terminada a refeição seguiu-se
para o Auditório do Museu de Angra, no antigo convento
de S. Francisco, onde assistiram a uma conferência pelo
Dr. Madrugo Dias, Director do Museu, subordinada ao tema “Perspectiva
Histórica dos Açores”. Dali partiram para
uma visita guiada por aquele Director para o Museu de Angra
do Heroísmo confinado àquele espaço.
Voltaram novamente ao citado auditório onde foi apresentado
o livro “Açores-Travessias” do Professor
Lauro Junkes, Presidente da Academia Catarinense de Letras,
do Brasil. Com o resto da tarde livre e como as condições
meteorológicas tinham melhorado substancialmente, principalmente
no período da tarde, que foi inundada pelos raios solares,
muitos dos presentes deste XII Curso, resolveram assistir
a uma tourada à corda bem típica desta Ilha,
aliás sui generis no Mundo Tauromáquico, que
tinha sido divulgada não só pelos panfletos
deixados nas mesas dos cafés e restaurantes como também
anúnciados nos programas da rádio local. Ali,
num lugar acolhedor e à ”prova de bovino”
assistiu-se à largada de quatro possantes touros para
gáudio das “cloonagens” do saudoso Diamantino
Viseu, mas tendo, simultaneamente, causado o pânico
aos que por ignorância, ou atrevimento, não se
abrigaram a tempo em lugares fora do alcance da “fera”
que tudo “varria” com os seus 500 quilos potenciados
por um par de cornos que, mesmo revestidos nas pontas com
metal, era coisa de se respeitar. Dezenas de chapéus-de-chuva
dos aprendizes de toureiro, que por ali abundavam às
dezenas, e que tinham sido usados para atiçar o animal,
“jaziam” esfanicados por todos os cantos e passeios.
Infelizmente nestas brincadeiras acontecem acidentes e um
deles, naquela tarde, foi um jovem de pouco mais de 18 anos
de idade ter sido colhido muito perto onde nos encontrávamos
“entrincheirados” pois levou uma excelentíssima
marrada e com tal violência que, após ficar prostrado
inanimado na via pública, foi evacuado de imediato
para as urgências do Hospital da Cidade de Angra, que
ficava duas ruas acima onde decorria a tourada à corda,
por ambulância. Mas fora deste triste acontecimento
a festa continuou com os touros e o público, e já
ninguém se lembrava ou falava do “pobre”
rapaz que tinha sido colhido minutos atrás, que somando
mais de duas mil presentes, continuavam desafiando-se mutuamente,
o touro e o público. As barracas de vendas de aperitivos
e cerveja instaladas nas imediações ou até
dentro da zona de lida, como seja dentro dos quintais das
residências, e eram às dezenas, não tendo
mãos a medir para satisfazer as centenas de clientes
sedentos pelo calor que se fazia sentir e também pelas
corridas, do tipo dos 100 metros barreiras, para não
serem apanhados e trucidados pelos touros. Muito divertidos,
e destemidos também, estas gentes da Terceira fazendo
jus ao cognome que lhes deram, aos habitantes desta Ilha,
há muitos anos atrás, de a “Terra dos
Bravos”. E é verdade. É preciso ter muita
bravura ou coragem para enfrentar aquelas “locomotivas”
pesadas que, de olhos fechados, mas a toda a velocidade, tudo
levam à frente ou nas pontas das hastes. Parecem um
ciclone. Para muitos de nós é preferível,
e mais seguro, correr-se à frente de um Mercedes Benz...!
Dr. Maduro Dias e Miguel Noronha da DRC
Professor Lauro Junkes, Miguel Noronha
e Dr. Maduro Dias
Terça-feira, dia 10,
o auditório do Palácio dos Generais-Capitães,
foi palco da apresentação da conferência
“A Sociedade Açoriana na Época Contemporânea”
pelo Dr. Carlos Corvelo. A seguir o Dr. João Maria
Sousa Mendes falou sobre “Instituições
Autonómicas Regionais”. O almoço teve
lugar no restaurante-bar “Balcaçarias”
e dali seguiram para uma palestra que se realizou no auditório
no Centro Cultural e de Congressos proferida por Luíz
Antônio Alves e Sandra Maria Schmith Alves, sob o tema
“Memorial Açoriano”, uma enciclopédia
de 27 volumes, um extensivo e exaustivo trabalho de genealogia
do século XVIII, do Rio Grande do Sul, que foi oferecido
à Direcção da Região das Comunidades
dos Açores. Após o intervalo para o café,
o Dr. Marcolino Candeias, fez uma explanação
cujo título foi “Angra do Heroísmo - Cidade
Património Mundial”-.
Dr. Carlos Corvelo e o coordenador da DRC, Miguel Noronha
Dr. João Maria Mendes e o Sr. Noronha
Apresentação da enciclopédia
"Memorial Açoriano" pelo professor Luís
António Alves
Palestra "Angra do Heroísmo-Cidade
Património Mundial" pelo Dr. Marcolino Candeias
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