TORONTO TAMBÉM CELEBROU
“A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS”
Por: Adiaspora.com
Poucos são, certamente, os radicados
por estas terras do Continente do Norte da América
ou outros lugares espalhados na Diáspora, e principalmente
no que concerne quase na totalidade, às camadas mais
jovens, os que se apercebem da grande transformação
na vida político-social de Portugal do após
25 de Abril de 1974. Mas o facto é que este dia, há
já alguns anos promulgado Feriado Nacional, é
praticamente desconhecido pelo nosso Povo, pelo menos para
estes lados do Atlântico, embora haja quem afirme do
mesmo mal passar-se no nosso chão pátrio. E
as provas destas afirmações estão bem
patentes nas entrevistas aos cidadãos que os nossos
órgãos da comunicação social fazem
anualmente por ocasião do aniversário desta
Revolução que, indubitavelmente, há 31
anos mudou radicalmente Portugal pondo um fim à ditadura
do então chamado Estado Novo, que vigorava desde Maio
de 1926, ao mesmo tempo que acabou com uma guerra nas ex-colónia
em África onde tantos milhares pereceram, militares,
guerrilheiros e civis.
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Mas esta Revolução de Abril
não só acabou com o fascismo e a guerra colonial.
Ela restaurou também os valores Democráticos
e a Liberdade que o Marechal Gomes da Costa e depois o Professor
António Oliveira Salazar tinham cerceado ao Povo Português
desde aquela data longínqua de 1926. Portugal após
o 25 de Abril deixou de ser uma nação marginalizada
voltando a ser respeitada por todas as nações
do nosso Globo. Os direitos humanos que até aquela
data vinham sendo espezinhados voltaram a ser implementados
e a ser cumpridos. Às ex-colónias que Portugal
possuía em África há mais de quinhentos
anos foram dadas o direito à autodeterminação
e hoje são países independentes e senhores dos
seus próprios destinos integrados no grande mundo lusófono.
As fraudes eleitorais que constantemente eram perpetradas
ao longo dos anos com o direito de voto restrito apenas a
uns quantos protegidos e apoiantes da ditadura era coisa do
passado com o povo, após o 25 de Abril, sem as habituais
marginalizações, democraticamente a exercer
o seu direito. Os Sindicatos foram libertados também
das restrições que estavam subjugados e deixaram,
da noite para o dia, de ser mais um órgão controlado
pelo governo passando a trabalhar livremente com os seus representantes
agora directamente eleitos pelos trabalhadores, a negociar
os contractos salariais com o patronato. O aceso à
Educação foi liberalizado e todos os portugueses
podiam já matricular-se nas Universidades existentes
com propinas baixas e acessíveis aos utentes. O sector
da Saúde, então discriminatoriamente orientada
para os mais favorecidos, passou, de imediato, a ser igual
fosse qual fosse a situação socio-económica
do cidadão. Os chamados salários de “fome”
praticados pelos regimes de Oliveira Salazar e Marcelo Caetano
foram de imediato abolidos sendo os trabalhadores abrangidos
por melhorias substanciais nos pagamentos salariais.
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Desta maneira a comunidade portuguesa de
Toronto não podia ficar alheia a uma data tão
querida do Povo Luso, e não poderia, como já
é habitual, ficar indiferente a este dia tão
importante da nossa História contemporânea. Assim
alguns clubes e associações agalanaram-se para
os festejos que esta data merece. Uma delas, foi a Associação
Cultural 25 de Abril (Núcleo Capitão Salgueiro
Maia) que, como habitualmente o vem fazendo há muitos
anos, organizou aqui na cidade de Toronto onde está
sedeada, as festividades comemorativas do trigésimo
primeiro aniversário da Revolução do
25 de Abril, vulgo Revolução dos Cravos. Para
isso, como é da praxe, esteve em Toronto, vindo de
Lisboa, Portugal, para este fim, um daqueles Capitães
de Abril, hoje Coronel Aprígio Ramalho na companhia
de sua esposa, Carlota Ramalho.
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