Revolução
dos Cravos (continuação)
O Almoço-Convívio organizado
pela Associação 25 de Abril realizou-se no Domingo,
dia 24 de Abril, no Salão Nobre da Casa do Alentejo
de Toronto, sito no 1130 da Dupont Street, pelas 13.00 horas,
que contou com mais de duzentas pessoas e um vasto programa
de variedades. À chegada do Coronel Aprígio
Ramalho e esposa, àquele salão, a Banda Filarmónica
do Senhor Santo Cristo, composta por mais de 40 elementos,
tocou os Hinos do Canadá e de Portugal que foi secundado
pelas vozes por quantos ali presentes. Muitos foram os convidados,
como do governo do Canadá e da Província do
Ontário, bem como da Câmara Municipal de Toronto,
com destaque para o Cônsul Geral de Portugal em Toronto,
Dr. Emídio da Veiga Domingos; o Ministro Federal da
Imigração, Joseph Volpe; os vereadores da Câmara
de Toronto, Olívia Shaw, Adam Giambrone e Joe Mihevc.
Presente também Idalina Silva em representação
do deputado federal, o luso-canadiano Mário Silva e
os representantes do deputados da Provincial do Ontário,
Tony Ruprecht e Rosário Marchese. É de salientar
a presença do Embaixador de Angola no Canadá,
Miguel Maria N’Zau Puna, que, pela segunda vez comparece
nesta data importante para confraternizar a Revolução
dos Cravos nas festividades organizadas pela Associação
Cultural 25 de Abril. Na sua breve alocução
de congratulação por mais um aniversário
aquele embaixador referiu ser o “25 de Abril”
uma data muito importante para o povo português mas
que o é, igualmente, bastante importante para o povo
angolano e das outras ex-colónias pois, com as suas
quota partes na resistência e luta pela liberdade, contribuíram
para a eclosão e sucesso da Revolução
de Abril que levou ao caminho da democracia e da paz que hoje
se vive. Durante o almoço foram lidas mais mensagens
entre as quais destacamos a presidente da Câmara Municipal
de Mississauga, Hazel McCallion em reconhecimento e comemoração
da data. Foi lida também a mensagem de um Capitão
de Abril, o Coronel Villalobos Filipe, que por motivos desconhecidos
só foi recebida dias antes pelo que não pôde
ser inserida na publicação anual desta Associação
Cultural.
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Terminado aquele delicioso e bem preparado
repasto confeccionado pela conhecida firma Europa Catering,
passou-se à cerimónia de chamar os convidados
presentes para a entrega de placas comemorativas tendo previamente
o Presidente da Direcção da AC 25 de Abril,
Carlos Morgadinho, dado as boas vindas e agradecendo a presença
dos participantes daquela festa. Chegou, entretanto, o momento
de ser chamado o convidado de honra, o Coronel Aprígio
Ramalho, que além de ler a mensagem do Presidente da
Associação 25 de Abril, de Lisboa, Coronel Vasco
Lourenço, referiu àquele dia, o 25 de Abril
de 1974, que com a participação sua e muitos
outros colegas de armas, se contribuiu para o bom sucesso
e a queda da ditadura vigente, mudando o rumo histórico
de Portugal em direcção à Democracia,
à Liberdade e à tão almejada Paz, após
que, sob a tutela do Movimento das Forças Armadas concretizaram-se
as primeiras eleições livres dos últimos
cinquenta anos e foi implementado os principais objectivos
da Revolução dos três “D”
– Democratizar, Descolonizar e Desenvolvimento do sector
socio-económico da Nação, que aquele
órgão superior das Forças Armadas promoveu
e fiscalizou até o fim. Foram ofertadas, por diversos
membros da Associação Cultural 25 de Abril de
Toronto, diversas lembranças como T-Shirts e coletes
com o emblema estampado daquela Associação a
alguns dos convidados tanto ao Coronel Aprígio Ramalho
como ao Embaixador de Angola, Miguel N’Zau Puna, e ao
vereador Joe Mihevc que há muitos anos para cá
é apoiante e participante destas festas comemorativas.
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Por iniciativa da sócia e ex-vice
presidente da AC 25 de Abril, Joaquina Miranda e da directora
Nancy da Ponte, foi chamada ao palco a esposa do coronel,
Carlota Ramalho, tendo-lhe sido entregue então um bonito
ramalhete de flores onde sobressaíam os cravos vermelhos,
pois, como foi dito naquele momento, ao lado de um “grande”
homem está sempre uma “grande” mulher.
E é verdade que sem a coragem e o apoio das esposas
desses capitães conspiradores, talvez não tivesse
havido “Revolução”, porquanto elas
os apoiaram incondicionalmente, incutido-lhes, ao mesmo tempo
o necessário alento para que os seus maridos, na sua
maioria então capitães, não vacilassem
e seguissem para a frente com o projecto de deitar ao chão
a ditadura.
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