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Os temas das Danças das comunidades dos Estados Unidos da América do Norte e do Canadá não nos foi possível obter os seus nomes excepto das duas vindas de Toronto, a do Vitória de Setúbal de Toronto com o tema “O Caminho da Felicidade”, um drama de espada e a Casa dos Açores do Ontário com uma comédia intitulada “Festas da Praia 2005”.

Nas duas semanas anteriores ao Carnaval, nos dias 11, 12, 18 e 19 de Fevereiro realizou-se o Carnaval da Terceira Idade cujos componentes apresentaram temas e danças bem engraçadas como foi a do Porto Judeu com uma comédia bem interessante e hilariante que tinha o título “Uma Viagem aos EUA” (Velhas em Digressão).

 


O rir e a boa disposição enchiam os salões das freguesias

Foram quatro exaustivos dias onde a ronda pelas freguesias onde decorriam as danças de Carnaval só terminava, em muitos lugares, depois das cinco da manhã e sempre com os salões abarrotar de povo. A participação do povo terceirense nestas festas é bem notória pois, como já foi dito atrás, os salões das Juntas de Freguesia, das Filarmónicas, das Sociedades Recreativa ou das suas Casas do Povo encontravam-se literalmente lotadas não havendo espaço para acomodar mais povo que se encontrava no exterior à espera de oportunidade para ser admitido dentro dos salões.

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Além de se festejar o Carnaval naqueles salões o Carnaval também foi festejado noutros locais como nas escolas e até nas ruas como aconteceu na cidade de Angra do Heroísmo onde um cortejo infantil que incorporou centenas de mascarados de palmo e meio desfilou pela Rua da Sé até à Praça Velha.

Por motivo do mau tempo que se abateu sobre esta Ilha no Domingo, dia 26 de Fevereiro, foi adiada para as 13h30 de terça-feira, dia 28, a vez dos estudantes do Liceu e da Universidade festejarem o Carnaval bem à sua maneira no mesmo local de Angra do Heroísmo e que só terminou na Praça de Touros onde se procedeu à tradicional garraiada dos estudantes que, como se pode adivinhar desta juventude sedenta de emoções, foi um autêntico êxito misturado com cornadas e ais.


Alegria transbordante dos jovens nas ruas de Angra do Heroísmo

Esta cómica garraiada contou com a participação dos jovens cavaleiros terceirenses João Pamplona e Rui Lopes. Estes dois jovens cavaleiros foram cognominados de “Infiel Maduro” e “Infiel Obrigado”, respectivamente, e até foram objecto de quadras bem engraçadas e...apimentadas, que, por pudor, não as transcrevemos. E, por falarmos em quadras leiam só as que os estudantes usaram nos seus painéis:

Muitas pessoas não gostam de nós
E no Carnaval somos deslumbrantes
Vão sempre ouvir a nossa voz
Viva a toirada dos estudantes.

Com a nossa antiga fé
Na grandiosa comissão
Descemos a Rua da Sé
Com a ajuda do arranhão.

Andamos sempre a festejar
Fazemos com muita felicidade
Vivemos para criticar
A nossa pobre comunidade.

Vindo da sede da Velosa
Para a nossa garraiada
Dono da ganadaria mais vistosa
E a “Ti”Humberto muito obrigada.

Já, anteriormente, no dia 23 de Fevereiro, pelas 15h30, o auditório do Centro Cultural e de Congressos de Angra (CCCAH) foi palco de actividades do Entrudo por elementos da terceira idade. Assim mais de trezentos seniores portadores do Cartão Municipal do Idoso tiveram o seu baile da época onde deram bem “à perna”até à exaustão não faltando um excelente e delicioso repasto como lanche e um concurso para os melhores mascarados cujos prémios foram entregues aos vencedores pela autarca Luísa Brasil.

 


Sem os talentosos músicos não haveria danças

Naquele mesmo dia, à noite, mais de 250 emigrantes que vieram integrados nas sete danças presentes no Carnaval 2006 da Ilha Terceira (4 dos Estados Unidos da América do Norte e três do Canadá) foram recebidos e homenageados no Centro Cultural da freguesia da Casa da Ribeira com um jantar e um espaço de entretenimento. Presente a dar as boas vindas a estes elementos da diáspora encontrava-se o Presidente da Câmara de Angra do heroísmo, José Pedro Parreira Cardoso e o vereador da Câmara de Praia da Vitória, Paulo Codorniz (clicar aqui para ver discurso) em representação do Presidente daquela autarquia, Joaquim Pires pelo Governo Regional dos Açores além do Presidente da Junta de Freguesia daquele lugar. Foram chamados ao palco os representantes das danças para entrega de inúmeras lembranças comemorativas daquela efeméride. Após o delicioso jantar foi a vez de os conhecidos cantadores ao desafio, José Eliseu e Hélder Pereira que foram acompanhados por José Domingos e Mário Simões (Marinho Carteiro) à guitarra e viola, respectivamente. Actuou também o conjunto música “Zoforró” e seu vocalista José Fernandes. Este evento foi apresentado por José Massa e Paulo Joaquim, que além de mostrarem ser excelentes mestres de cerimónia mostraram, igualmente, possuírem bons dotes na arte de truques e magias que agradaram a quantos presentes naquele serão de convívio e alegria. Segundo nos foi referido por aqueles dois elementos que organizaram e apresentaram o espectáculo, José Massa e Paulo Joaquim, “foi uma forma de retribuição aos emigrantes pela forma como somos recebidos quando visitamos aquelas comunidades”. Muito bonito que nos sensibilizou sinceramente pelo calor e carinho demonstrado pelas gentes da Ilha Terceira presentes naquela homenagem.

Cremos que os elementos que compunham os grupos de Danças dos Estados Unidos da América do Norte e Canadá presentes foram de uma maneira geral recebidos de braços abertos por todas as freguesias daquela Ilha. O povo da Terceira sabe que os seus “filhos” dispersos na diáspora não deixam morrer os seus costumes e tradições nos locais onde se radicaram e a prova dos nove são estas caravanas que anualmente visitam a Ilha da Terceira para não só assistir mas também participar nas suas festas sejam elas do Carnaval, Sanjoaninas ou da Praia da Vitória.

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