Ao longo de toda esta semana, a “Casa dos Açores do Ontário” esteve em festa, com a realização da XII Semana Cultural Açoriana. O acontecimento coincidiu com o 24º Aniversário da fundação desta prestigiosa colectividade açoriana em terras do Ontário, no Canadá. Durante destes dias, participaram muitas gentes locais, convidados de honra, assim como representantes do Governo Regional dos Açores e ainda outros dignitários dos diversos escalões governamentais do Canadá. O encontro desenvolveu-se em torno do tema “Açorianos: Os Laços Que Nos Unem”, alusivo ao saudosismo e sentimento que pautam o relacionamento do imigrante açoriano com a sua terra de origem.
Carlos Botelho, Presidente da Direcção Executiva da Casa dos Açores do Ontário
No Domingo, dia 1, realizaram-se as cerimónias oficiais de abertura da XII Semana Cultural Açoriana, onde os hinos do Canadá, Portugal e Açoriano foram entoados pelo “Orfeão Stella Maris”, sob a batuta do Maestro José Carlos Rodrigues. Em seguida, coube a Leo Machado e Carlos Botelho - Presidente da Assembleia-Geral e Presidente da Direcção Executiva da colectividade anfitriã, respectivamente - dar as boas-vindas a todos os presentes. Ainda no âmbito da cerimónia de abertura, usaram da palavra César Palácio, Vereador da Câmara Municipal de Toronto, Doutora Rita Machado Dias, Directora Regional das Comunidades, vinda dos Açores, e ainda o Cônsul Honorário de Portugal em Winnipeg, Manitoba, Paulo Cabral.
Doutora Rita M. Dias, Directora
Regional das Comunidades - Açores
Estas intervenções foram complementadas pela leitura de mensagens congratulatórias enviadas por diversas individualidades que, por compromissos de agenda, não puderam estar presentes. Declararam-se abertas as exposições de artesanato e artes plásticas protagonizadas por Afonso Tavares, Gilda Rodrigues, Clarêncio Melo, Emanuel Paiva, Aguinaldo Garcia, Robert Shawn Cabral Amaral, Hildebrando Silva, e por alguns elementos do grupo da Terceira Idade daquela casa.
As apresentações da noite ficaram a cargo de Dr. John Elias, Vice-Reitor da General Education School of Liberal Arts and Sciences, no Humber Institute of Technology e Advanced Learning, e da Prof. Noémia Couto do Departamento de Sociologia e Criminologia na York University, em Toronto. O serão terminou com um Pico de Honra e um momento de agradável confraternização.
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Na segunda-feira, dia 2, o tema “A Açorianidade sem Fronteira”, serviu de mote para uma mesa redonda, onde se debateu o papel e as funções das instituições bancárias que servem a Comunidade Portuguesa no Canadá. A noite findou com a actuação da cantora comunitária, Amy Ventura, e um momento convivial à volta de um bufete de gostosos acepipes açorianos.
Doutora Maria João Dodman apresentando o livro " Emigração em Dó Maior" de Fátima Toste e Ana Sança
Terça-feira, dia 3, “Noite de Literatura”. A título de celebrar o talento literário dos Açores e da sua diáspora, os alunos das escolas de português da C.A.O declamaram diversos poemas. Seguiu-se a palestra do Dr. Ricardo Lopo sobre a missão e os propósitos do “Grémio Literário da Língua Portuguesa no Canadá”, no âmbito da propagação do português através da actividade literária e da promoção de autores Luso-Canadianos. A última oradora da noite foi a Dra. Maria João Dodman, que discorreu sobre o livro “Emigração em Dó Maior” da autoria de Fátima Toste e Ana Sança. O “Rancho Folclórico do Clube Lusitânia de Toronto” encerrou o serão com o seu repertório de cantares e danças populares terceirenses.
O Rancho Folclórico do Sport Clube Lusitânia de Toronto animaram
a festa com os cantares e dançares Terceirenses
Quarta-feira, dia 4. Os trabalhos desenrolaram-se em torno do subtema “Trabalhos em Prol da Comunidade”. Com o título “ Juntos Fazemos a Diferença”, a equipa do Centro Abrigo, por meio das participações de Cristina Santos, Valeria Sales, Ricarda Ventura, Marília dos Santos e Zaina Costa, traçou o percurso deste centro de apoio à Comunidade Portuguesa local, desde a sua implantação, em 1990, até ao momento presente.
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Leo Machado, no momento seguinte, apresentou a “RIAC” aos presentes. Com a incumbência de promover a utilização deste valioso serviço entre as populações açoriano-portuguesas locais, aquele jovem e dinâmico dirigente associativo esclareceu qual o papel e função daquele organismo. A RIAC (“Rede Integral de Apoio ao Cidadão”) é uma iniciativa do Governo Regional dos Açores que, nos seios das comunidades da diáspora açoriana, se incumbe de facultar serviços apensos à cidadania portuguesa e regional, tais como a expediência documental e burocrática.