GRANDES FESTAS EM HONRA DO DIVINO ESPÍRITO
SANTO
NA NOVA INGLATERRA
Por: Carlos Morgadinho
Adiaspora.com
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Como é já tradicional ao longo
destes últimos vinte anos, a cidade de Fall River do
Estado de Massachussets/USA, esteve nos passados dias 25 a
28 de Agosto de 2005, devidamente agalanada para, mais uma
vez, ali realizar, como cidade anfitriã, as Grandes
Festas em Honra do Divino Espírito Santo, que este
ano atraiu mais de 350 mil pessoas, segundo números
oficiais.........
Resolvidos a assistir àquelas celebrações
que fora da Região Autónoma dos Açores
é a maior expressão de fé ao culto em
louvor à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade
- o Divino Espírito Santo, entramos, de imediato, aqui
em Toronto, em contacto com a presidente da Banda do Senhor
Espírito Santo de Toronto, a Pitty Domingos, para se
processar a reserva de lugares numa das viaturas que antecipadamente
sabíamos terem sido fretadas - três autocarros
- para não só transportar os elementos daquela
filarmónica convidada atempadamente para abrilhantar
aquela festa religiosa mas também seus os familiares
e outros membros da nossa comunidade aqui radicados em Toronto,
interessados, obviamente, em estarem presentes naquelas festividades.
Assim pensado assim fizemos.
........Quinta-feira,
dia 25 de Agosto
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Dirigimo-nos para a Igreja de Santa Maria,
sita na Bathurst Street com a Dundas Street West, onde nos
foi dado os dois lugares no autocarro número dois,
e, após presenciarmos a enorme azáfama no átrio
daquele templo, lá chegou finalmente, pelas 20 horas
o momento dos autocarros arrancarem para o Estados Unidos
da América do Norte cuja cidade, do nosso destino,
Fall River, tem uma população com mais de 65
por cento de origem portuguesa e destes na sua grande maioria
oriundos ou descendentes da Ilha de São Miguel com
destaque relevante para a Vila de Rabo de Peixe. Paramos na
fronteira por duas vezes: a primeira para o tão apreciado
“shoppings” do Free Duty, onde fomos uns felizardos
pois logo, dentro da viatura, foi sorteada uma rifa, mesmo
ainda antes de nos apearmos para iniciar-se as compras e,
vejam que sorte a nossa, fomos os felizes contemplados com
uma senha de dez dólares e que, sinceramente, nos fez
um grande jeito; a poucos metros de iniciarmos a marcha paramos
pela segunda vez desta com os simpáticos agentes de
controlo de Imigração do poderoso EUA ou USA
(se referimos em língua portuguesa ou inglesa), à
nossa espera e bastante simpáticos e delicados entrando
no autocarro enquanto avisavam os passageiros para se manterem
nos seus lugares sentados e terem preparados, em mão,
os respectivos B.I. ou passaportes, a fim de poderem identificar
os ocupantes. Nada de especial atingiu os de nacionalidade
canadiana (por nascimento ou adopção) mas os
nossos compatriotas que não eram ainda nacionais do
Canadá tiveram os seus passaportes confiscados recebendo
ordem de comando para dirigirem-se ao posto dos USA, a curta
distância do estacionamento, para lhes ser emitidos
cartões provisórios de livre trânsito
para um período de três meses, pela módica
quantia de seis dólares americanos. Afinal não
é só o controlo de estrangeiros junto às
fronteiras dos USA mas, ao que nos pareceu, foi motivo, também,
para “sacar” uns trocos cá à rapaziada.
Enfim é tudo “business”. Finalmente os
nossos compatriotas regressaram aos autocarros e reiniciou-se
a viagem para o nosso destino, Fall River.
Viajamos toda a noite com muitos dos passageiros
a distribuírem pelos outros ocupantes parte das suas
merendas como bolachinhas recheadas, sanduíches de
atum e queijo (de S. Jorge?), salgadinhos, amendoins e refrescos,
como coca-cola, sprite e águas engarrafadas, já
que nos era proibido ingerir quaisquer bebidas alcoólicas
dentro da viatura. Até de madrugada a “festa”foi
contínua dentro da viatura com os jovens músicos
da Banda do Senhor Santo Cristo, como é peculiar nestas
idades, cantando diversas canções acompanhados
pela maioria dos ocupantes; contavam também histórias
hilariantes de factos passados com eles ou de alguém
que conhecem (a maioria em inglês como é de esperar
nas suas conversações) e por fim foi passado
um filme DVD nos ecrãs, cujo título olvidamos
e, na sua maioria, os passageiros, não viram o fim
do mesmo por, entretanto, terem adormecido. Fizemos curtas
paragens, duas, nos restaurantes que é habitual encontrar-se
ao longo das auto-estradas não só para “esticar”as
pernas e a coluna vertebral, mas também para comer-se
umas hamburgazitas, french fries, refrescos e cafés
além de obviamente, dos mais aflitos, poderem utilizar
os lavatórios.
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