Sexta-Feira, dia 26 de Agosto
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Chegamos a Fall River, de manhã, um
pouco atrasados no tempo previsto inicialmente, pois em vez
das 8 horas, chegamos às dez, atraso que não
se pode apontar ao condutor da viatura, que demonstrou ser
pessoa bastante competente e cuidadosa, mas sim à demora
durante o controlo na fronteira dos Estados Unidos onde se
“desperdiçou” mais de hora e meia. Entretanto
outros autocarros tinham já chegado vindos de outras
localidades dos Estados Unidos, de Toronto, Mississauga, Brampton
e até de Montreal, com dezenas de pessoas residentes
naquela área esperando por familiares e amigos para
os hospedarem nas suas casas.
Pegamos nos nossos sacos e malinhas com meia
dúzia de peças de roupa e pisamos terra firme
mesmo defronte da majestosa Igreja de St. Anne, defronte do
Park Kennedy, local onde se realizam as festividades em Honra
do Divino Espírito Santo naquela cidade norte-americana.
Um dos autocarros, o número #1, se não estamos
em erro - o nosso era o #2 - perdeu-se pelo caminho e chegou
ao local de reunião bem atrasado após algumas
chamadas pelo telemóvel para o nosso autocarro onde
viajava a presidente da Banda, a Pitty, que teve que gramar
uma autêntica “diarreia verbal” de um desesperado
que se encontrava naquela viatura que andava “à
deriva”. Enfim são coisas que acontecem a quem
anda permanentemente envolvido nestes “projectos”
associativos mas que, ao fim e ao cabo, são pequenas
“tempestades”em copos de água e tudo passa
e se esquece. Finalmente meia hora ou 45 minutos depois tudo
se normalizou e o autocarro “perdido” lá
chegou ao Park Kennedy com todos os passageiros sãos
e salvos, Graças ao Criador.
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A primeira pessoa que demos de cara quando
nos apeamos foi o conhecido cantor Marc Dennis, que dias antes
tinha actuado em Toronto, por ocasião das festas de
Nossa Senhora dos Anjos da Igreja de Santa Cruz, e que estava
à espera do autocarro vindo de Toronto onde viajava
uma sua tia. Aproveitamos então para dar um passeio
pelos arredores do Park e irmos a um restaurante para uma
refeição ligeira, o pequeno almoço, à
la Americana, com omeleta, salsichas e tudo mais. Pouco tempo
depois, por volta do meio-dia, fomos transportados pelo nosso
autocarro para o hotel onde tínhamos os quartos reservados,
o Ramada Inn, em Seekonk, localizado acerca de 20 minutos
da cidade de Fall River. Após um apetitoso banho de
chuveiro - outros foram para a piscina daquela unidade hoteleira
- e passarmos pelas “brasas” para assim podermos
recarregar as “baterias” enfraquecidas por tanta
hora de viagem, regressamos, como é obvio, de autocarro
para o Park Kennedy, onde decorriam já as festas, junto
do Império ali erguido e de uma enorme coroa maravilhosamente
iluminada, com a bênção das Pensões
que contou com a presença de D. António de Sousa
Braga, Bispo de Angra e Ilhas dos Açores e outras entidades
convidadas. Pelas 17:30 horas procedeu-se à inauguração
do Pavilhão de Exposições que contou
com a participação das 24 Freguesias do Concelho
de Ponta Delgada, exposição esta bastante interessante
e elucidativa da grandeza e potencialidade daquele Concelho
da maior ilha da Região Autónoma dos Açores
que, pelo que observamos, esteve quase sempre repleto de visitantes.
Noutro pavilhão esteve presente o rico artesanato açoriano,
com alguns artesãos, um sumário de actividades
económicas de diversos grupos empresariais, exposições
de fotografias tudo patrocinado pela Secretaria Regional da
Economia.
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Pelas 18 horas procedeu-se às arrematações
de diversas ofertas de benfeitores tendo o seu término
pelas 19 horas dando-se, de imediato, inicio às Tradicionais
Folias do Espírito Santo. Nas horas seguintes até
ao encerramento, às 22 horas, foi a vez das actuações
no palco daquele Park de diversos grupos de danças
e cantares dos quais destacamos o Grupo de Música Popular
“Ilhas de Bruma” de Fall River, o Grupo de Cantares
“As Campesinas” de Ponta Garça, na Ilha
de São Miguel. Actuou também nas antigas instalações
da Igreja de São Luís e futuro Museu do Espírito
Santo, o Grupo de Dança e bailados “Som do Vento”.
Este grupo sedeado em Santa Cruz da Lagoa deslocou-se, como
o grupo anteriormente referido, “As Campesinas”,
da Ilha de São Miguel, para assim abrilhantarem estas
festividades. Os concertos pelas Bandas Filarmónicas
não poderiam, como reza a tradição, estar
ausentes nestas festividades e assim também tivemos
as actuações das Bandas da Sociedade Filarmónica
Progresso de Rabo de Peixe, de São Miguel, e do Recreio
dos Artistas da Vila de Santa Cruz, da Ilha da Graciosa, em
dois coretos instalados dentro de um enorme pavilhão
de lona com capacidade para umas largas centenas de espectadores.
E é de espantar que hoje, no tempo da música
“enlatada”, dos CD’s e das altas tecnologias,
que as Bandas continuam a ser um marco importante nestas festas,
mais nas de raízes açorianas, e quando nos referimos
aos espectadores menos jovens e/ou veteranos. Pelas 22:30
horas retomamos, mais “mortos do que vivos”, ao
Hotel nos autocarros que nos esperavam junto do Parque Kennedy.
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