Domingo, dia 28 de Agosto (continuação)
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Como não há bem que sempre dure
e mal que nunca acabe, após as 20:00 horas (dez da
noite) as Festas foram finalmente encerradas e as luzes do
Park apagadas (quase instantaneamente). Dirigimo-nos finalmente
para os autocarros que nos aguardavam junto ao Park, que foi
uma autêntica dor de cabeça com tanta viatura,
era mais de uma dúzia, e à fraca iluminação
descobrir qual era o nosso autocarro. Graças a Todos
os Santos lá conseguimos descobrir pela orientação
da voz alegre e inconfundível da Sra. Maria do Espírito
Santo Melo, esposa de um Director da Banda do Senhor Espírito
Santo, que viajava connosco, numa das nossas viaturas.
À meia-noite estávamos de volta e foi, não
hajam dúvidas, uma óptima viagem, com quase
todos os passageiros a dormir cansados estavam eles de tanta
folia naqueles três dias de Festas. Paramos, como é
habitual nestas longas viagens, com mais de 800 quilómetros,
naqueles restaurantes e “Rest-Rooms” para desarticular
as ossadas e também poder-se beber algum sumo ou água.
Quando chegamos à fronteira pelas 10 horas da manhã
paramos, como é da praxe na loja do “Duty Free”
para se obter perfumes ou bebidas com preços acessíveis
(efectivamente não achamos nenhumas pechinchas), a
pagar em moeda americana, após que nos dirigimos ao
controlo alfandegário e imigração Canadiana
onde estacionamos junto ao edifício. Os três
jovens funcionários bem armados de pistolões
à cintura, não vá o diabo fazer diabruras
e assim poderem fazer frente ao imprevisto, mandaram todos
os passageiros apearem-se e alinhar defronte dos balcões
onde verificavam os seus passaportes ou bilhetes de identidade.
Nada temos contra isso pois devem-se tomar, nestes tempos
turbulentos da era terrorista que atravessamos, as devidas
precauções de não se deixar infiltrar
por tal gente que, como infelizmente, vimos nos noticiários
quotidianos, vêm causando a morte e a desgraça
por muitos pontos deste nosso pobres e martirizado planeta
onde vivemos.
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Referimo-nos sim ao facto de que viajavam
pessoas idosas nas viaturas algumas que necessitavam de bengalas
para poderem andar e mães com uma ou duas crianças
pequenas. Ora nem sequer um banco ou cadeiras o edifício
estava equipado com a bicha de passageiros a estender-se para
o lado de fora demorando cerca de meia-hora para questionar
50 passageiros. Perguntamos: Será que o Canadá
não tenha os dinheiros extras para equipar a sala com
bancos ou cadeiras para umas cem pessoas? Se a resposta é
negativa então que se faça como os seus parceiros
da fronteira Americana fazem – Um “charge”de
um ou mais dólares por pessoa que atravesse a fronteira
e em poucos dias tem-se os tais bancos na sala. Agora fazer-se
“sofrer”os idosos e as mães com os filhos,
de pé, numa fila interminável, isso é
que não. Será que o Ministro que supervisiona
aquele Departamento das fronteiras sabe destes casos quase
fazendo que o Canadá se pareça como um país
do “Terceiro Mundo”? Claro que não deve
saber. Então haja alguém que fax ou e-mail esta
nossa opinião para o tal Ministro em Ottawa. Ao menos
os americanos permitiram que os passageiros permanecessem
sentados, no autocarro, durante o “check up”.
Foram mais “humanos”.
Por fim os passageiros dos três autocarros
ficaram despachados do controlo pelas autoridades canadianas
e puseram-se em “marcha” de imediato para Toronto
onde se chegou por volta do meio-dia defronte da Igreja de
Santa Maria. Ainda se pediu aos passageiros para se agruparem
e tirar-se uma foto junto ao autocarro mas, infelizmente,
poucos foram os que apareceram já que os outros, a
maioria, desapareceram como o fumo.
Está de parabéns a Direcção da
Banda do Senhor Santo Cristo, encabeçada pela sua dinâmica
presidente, a Pitty Domingos, pelo êxito na organização
desta excursão a Fall River onde não há
falhas para se apontar.
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