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Para
que não subsistam quaisquer dúvidas!
O texto é
as fotos que se seguem não constituem uma reportagem.
O Director de Adiáspora.com e seu Chefe de Redação
decidiram tirar umas férias bem merecidas e escolheram
Cuba.
O primeiro nunca lá havia estado e o segundo há
vinte anos que passa frequentemente férias na maior
ilha das Caraíbas.
Porque são jornalistas – e tal como os médicos
“sempre de serviço” – fizeram
uma consulta junto do Consulado de Cuba em Toronto. A
resposta foi peremptória:
“- Necessitam de visto de jornalistas!”. Uma
vez que o dito visto levaria a ser emitido “o tempo
que Havana entendesse necessário”, desistimos
de o solicitar. Fomos, portanto, de férias e de
forma alguma violámos quaisquer leis cubanas. Mas
registar um diário de viagem nada tem a ver com
reportagens, entrevistas ou colheitas de informação
sob falsos pretextos. Por isso, aqui vai o que vimos:
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Seis dias de revelações
e reencontros
Progresso significativo em Havana
apesar do omnipresente bloqueio económico
Texto e fotos: José Ferreira e Vasco Oswaldo Santos
Adiaspora.com
(Agosto 2006)
Num passado recente, ir a Cuba em Agosto era
uma “aventura” para quem está habituado a
temperaturas mais primaveris que estivais. Caso de quem vive
no Canadá, abrindo uma excepção para Toronto,
terra de calores mais pronunciados na época, conquanto
moderados. Com as recentes alterações climatéricas
afectando o globo, os calores de Toronto, exceptuando os valores
mais elevados de humidade, são idênticos aos de
Cuba que, para seu alívio, está perto do mar.
Um mar límpido, sereno, sem os teores de poluição
dos grandes lagos, não obrigando a proibir os banhos
refrescantes quando mais necessários são.
O percurso da nossa viagem
Isto veio a afectar – positivamente –
Cuba. Para além dos canadianos, os europeus descobriram
a ilha como destino de verão e a verdade é que,
quando marcámos viagem, no Varadero, nosso destino inicial,
nem em hotel de 5 estrelas ou luxo havia um quartinho disponível.
Daí recair a escolha na região de Havana. Respondeu
o Blau de Santa Maria del Mar, um dos primeiros hotéis
da zona, totalmente remodelado e anos-luz adiante do que conhecemos
há uma dúzia de anos, sob o nome de Itabo. A meia-hora
de carro ou autocarro do centro da zona de Havana Antiga, com
uma praia bastante boa, foi o “poiso” ideal para
os escribas.
1.º Dia – Quinta-feira,
10 de Agosto – Saída de Toronto, depois
de almoço, com a Cubana de Aviación, a horas,
a despeito do alerta e das prisões efectuadas em Inglaterra
a um alegado grupo de terroristas que se preparava - dizia a
CNN - para fazer explodir em voo 10 voos entre a Grã-Bretanha
e os Estados Unidos da América. Interdições
de objectos de uso pessoal tão básicos como águas,
perfumes e artigos de banho em forma de gel, obrigaram ao encerramento
das lojas francas nos terminais.
O aparelho que nos levou
O que, adicionado à nossa chegada atempada,
nos demonstrou mais uma vez que o maior aeroporto do Canadá
é de um aproveitamento provinciano ao lado dos europeus
e até, por muito que nos custe admitir, dos EUA... Restaurantes...
nem vê-los! Quiosques de comida bem fracos ao ponto do
melhor de todos ser o Tim Horton’s, agora comprado por
americanos.
Em ambiente desolado e meio vazio – muitos
eram os voos cancelados – lá seguimos à
hora em direcção à cidade de Camaguey,
na província do mesmo nome, onde nem sequer tivemos de
desembarcar. Três quartos de hora mais tarde, já
ao anoitecer, partida para La Havana.
O aeroporto José Martí, que serve
a capital, foi reconstruído recentemente, no modelo –
em grande – dos que passaram a ser, de bases aeronauticas,
apenas a terminais de passageiros, por todo o território.
O senão foi o da morosidade na recolha das bagagens,
operação que levou mais de duas horas no meio
de um caos de desorganização inédita para
nós mas que, posteriormente, nos foi dito por toda a
gente ser o ‘caso do dia’ no primeiro terminal aéreo
cubano.
Vista aérea de Camaguey
O que foi agravado com um grupo chinês
à nossa frente para a linha da passagem à emigração.
Os filhos do “celeste império” – também
conhecido por ser o do Meio – não davam uma ‘prá
caixa’ em inglês ou espanhol, afunilando a passagem,
criando uma confusão medonha só aliviada pelos
bons serviços de uma turista que serviu de intérprete
aos asiáticos... Com tudo isto se foi embora o primeiro
dia de férias, com chegada ao hotel à meia-noite
em ponto mas com o jantarinho – leve – à
espera. Contudo, a primeira surpresa, para além da qualidade
e tamanho excelente do quarto, foi a qualidade da estrada que,
na visita anterior era bem esburacada e estreita.
A piscina do Hotel
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