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7º. Dia – Quarta-feira, 16 de Agosto – Despedida breve a Havana. Dois valentes mojitos na Bodeguita del Médio, onde o fundador deixou escrita uma verdade bem cómica e que reza “Aqui, a Casa e os clientes estabelecem uma parceria única: os clientes pagam a comida e a Casa cobra-lhes as bebidas”. De seguida, uma caminhada até ao Capitólio para alugar um táxi que nos levasse a um local de visita obrigatória: a Praça da Revolução e o respectivo museu nacional, Quase ele todo dedicado ao herói nacional da independência cubana - obtida a ferro e fogo contra o colonizador espanhol – o poeta José Martí, equivalente ao nosso Luís de Camões.
Mas o que a gente alugou foi um maravilhoso e popular transporte, uma invenção cubana para os turistas poderem tirar fotos: o Coco-Taxi. Um motor de Vespa 150cc é adoptado a um triciclo para dois passageiros além do condutor. Depois o chassis é envolvido num casulo amarelo de fibra de vidro, a lembrar um gigantesco capacete de motociclista, que se pode alugar pela módica quantia de 15 pesos por hora.
O trajecto, pela cidade chinesa, com seus restaurantes e minoria asiática, é um contraste e uma surpresa para os menos avisados. Depois, ao lado dos gigantescos autocarros de transporte público, denominados de ‘camelos’, pelo seu formato, e pela lotação de 250 passageiros.
As fotos que acompanham o texto são elucidativas. Mas a explicação mais familiar para nós é tratar-se de um tractor-trailer, adaptado ao transporte de pessoas, outra obra do engenho de quem do nada tem de inventar tudo!
A Praça da Revolução continua imponente, um espaço enorme rodeado de ministérios e do Teatro Nacional de Cuba. No do Interior, a fachada é quase totalmente coberta pelos traços do rosto do “Che”, na sua foto mais conhecida e popularizada em todo o mundo, a partir de um original do fotógrafo Frank Capa.
A sul, o gigantesco pedestal, que alberga o museu, e onde domina a estátua do poeta-libertador. É desse sítio que Fidel Castro presidiu a cerimónias, ao longo dos últimos 47 anos, e discursou com o seu talento em verdadeiras maratonas oratórias.
Estava cumprida a visita aos pontos mais significativos. Outra tarde de calor na capital, ser-nos-ia porventura fatal. Uma última passagem pelo mercado do jardim Tacón e regresso a Santa Maria del Mar para uma última tarde de lazer, que a partida estava marcada para a madrugada seguinte.
Digerir tudo, fazer as últimas fotos. Jantar final, encontro na esplanada da piscina com os companheiros de conversa habituais. Arrumar tudo, dormir à pressa.
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