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Dali, a paragem seguinte foi já dentro
de uma reserva de biosfera cubana, devidamente resguardada e
protegida, que termina, curiosamente, na zona de desembarque:
a Playa Girón. Mas 10 km antes, duas atracções,
lado a lado, e que foram transformadas para o turismo, com lojas,
restaurantes e parque de estacionamento para carros e autocarros
de turismo: O aldeamento aborígene e a dita herdade de
criação de crocodilos de Guamá.
O caçador de crocodilos (escultura)
Antes da visita, decidimos almoçar e
o escriba velho optou de imediato pela iguaria local: carne
de crocodilo grelhada com salada e batatas, regada com a bela
cerveja cubana ‘Cristal’, quiçá a
melhor de momento. O escriba jovem torceu o nariz, escolheu
algo mais ortodoxo. Mas ao ver que o Lázaro também
tinha optado pelo cocodrilo, resolveu provar. E não
é que gostou?
A aldeia aborígene Taína–
uma reconstrução com estátuas em tamanho
natural pois estão extintos há várias dezenas
de anos – é uma ilha circular, localizada no meio
de uma enorme lagoa de água doce, cercada de terrenos
pantanosos e servida por um canal de acesso. Barcos com capacidade
para 30-40 passageiros, asseguram o transporte de ida e volta.
Recentemente, lanchas rápidas para 2 a 4 pessoas foram
adquiridas e foi nessa modalidade que efectuámos o percurso.
Na ilha, em cabanas idênticas às dos aborígenes,
existe um hotel que se encontra fechado aos turistas mas alberga
alguns veraneantes cubanos, como prémio pelo seu trabalho.
Parte desta área está encerrada ainda por motivo
dos furacões que assolaram a região, alguns deles
há uma dezena de anos.
José Ferreira e Freddy
Durante a nossa visita pudemos falar com um
carpinteiro que acaba de iniciar a reconstrução.
O que é um bom sinal. No caminho, encontrámos
alguns coqueiros mortos e outros semi-desenraízados mas
que sobreviveram a despeito da inclinação. As
fotos que apresentamos vos darão, melhor que as palavras,
a “iniciação” de que fomos alvo na
cabana dos feiticeiros por três jovens que explicam as
actividades do sagrado e estão lá por terem algumas
parecenças físicas com os taínos.
Vasco Santos e Freddy
No regresso ao barco, uma passagem pelo bar,
onde o Zé pagou uma rodada aos presentes, do que se chama
um ‘traguito fuerte’. O gesto despertou a simpatia
da concessionária que nos presenteou com uma pratada
de... crocodilo de fricassé, cozinhado com vinho, cebola
e louro. Uma delícia!!!
E antes que nos esqueça: não,
não sabe a galinha como é normal dizer-se destes
pratos inusitados. Sabe a carne de porco e é muito tenra,
branca e sem gorduras. Aí têm!!!
A avó do Freddy saindo do
banho
No regresso, viemos por um canal menos directo,
todo às curvas, apenas utilizados por pescadores, mas
que o nosso “capitão” insistiu em nos mostrar.
Um espectáculo de velocidade, beleza natural e curvas
aquáticas que não indicam para que lado é
que se tem de manobrar!!!
Acorrendo ao bater da lata
À saída, o nosso caro Lázaro
lá estava para ir connosco à herdade dos sáurios.
Os primeiros que vimos eram pouco maiores que lagartos, com
apenas alguns meses de vida. Mas depois surgiu a atracção
máxima do local: o Freddy, um 'croco' de 4 anos e mais
de um metro de comprimento, bem quietinho mas de boca amarrada
- não vá o diabo tecê-las... - e que se
deixa fotografar pacatamente aos nossos ombros ou ao nosso colo.
E de chapelinho de palha igual aos que nos colocam na cabeça!
A visita seguinte foi ao lago onde estão 75 crocodilos
adultos, animais que podem atingir facilmente os 100 anos de
vida. Um estava à sombra, absolutamente imóvel,
de fauces abertas a regular a temperatura interior. Dois ou
três só deixavam nariz e olhos fora de água.
Ma quando o tratador bateu com o latão da comida na rede,
meia dúzia daqueles monstros pré-históricos
(são dinossauros vivos, como as tartarugas, tubarões
e raias) saltaram da água e um até afastou outro
ferozmente do caminho...
Escribas no local de desembarque
dos invasores (Baía dos Porcos)
Só que o latão estava vazio,
não era a hora de comer e eu pensei como aquela vedação
de rede pode impedir que o tratador não seja almoçado
quando engana bichezas daquela estirpe!!!
Monumentos aos defensores caídos
em defesa de Cuba
Ao terminar esta volta, estávamos a
10 km da Baía dos Porcos e da história Playa Girón,
onde se deu o desembarque há 45 anos. O local é
agora uma pacífica área de banhos, muito bonita
ao sol do entardecer, testemunha muda de ferozes combates. Disso,
só os monumentos erigidos em memória dos defensores
mortos marcam a distância da progressão dos ‘gusanos’
em 1961.
Quartel-general de Fidel Castro durante
a invasão gorada (1961)
.
Gusanos aprisionados após
a rendição.
Clicar p/ ver fotos
da Baía dos Porcos
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Com o compañero Lázaro
(Baía dos Porcos)
Ao fim do jantar, fomos informados que haveria
uma passagem de modelos na “boîte” do Blau.
Interessados fomos lá fazer umas fotos e... em boa hora
o fizemos porque os vestidos e os modelos eram muito bonitos!
Vejam as fotos e digam-nos...
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